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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Transformação da capoeira e inserção no contexto escolar

A Capoeira foi introduzida na escola em 1965, através da professora Sílvia Lacerda Diretora da escola Tomaz de Aquino. Na época o professor Aristides foi convidado para ensinar às crianças, onde permanece até hoje.
A ACAL existe desde 1974, localizada á Rua Macapá,474, em Ondina. Foi fundada pelo Mestre Aristides, Mestre de Capoeira,formado em Educação Física, pela Universidade Catolica, em Salvador, Bahia.



A capoeira, esta arte de origem controversa e que ainda desperta muita polêmica, emergiu no bojo das camadas populares e adentra as instituições públicas e privadas de forma arrebatadora e efusiva, sendo capaz de em pouco mais de quatrocentos anos de trajetória estar presente na maior parte das escolas, clubes, universidades, academias, dentre outros, se firmando com força em vários países do mundo, força esta, que ora estamos precisando verificar, os interesses ideológicos que estão sendo defendidos nas entrelinhas de sua expansão pelo mundo. Partindo dos princípios de que a capoeira, ao longo de sua história, passou por uma série de transformações para firmar seu espaço no ambiente escolar e que a escola funciona, na maioria das vezes, como um aparelho ideológico do estado, que por sua vez estará sujeito aos ditames do capital, tentaremos aqui traçar um painel desta dialética relação entre a capoeira e a escola.
    Para compreender os conflitos desta relação, precisamos lembrar que o surgimento da escola teve suas bases associadas a uma estratégia de manutenção da diferença entre a classe operária e a classe burguesa, sendo esta última beneficiada pela manutenção ideológica garantida pela escola, pois ali estariam garantidos os princípios de construção da separação entre fazer e pensar, corpo e mente, etc.
    Todo sistema de ensino da sociedade capitalista assenta no racionalismo burguês, ou seja, um idealismo ou iluminismo que esclarece os espíritos, a massa e a matéria. Toda a sociedade dividida em duas classes é necessariamente idealista: a elite esclarecida dita as normas, e a massa bruta deve segui-las sem discussão.
    A partir da análise deste contexto acima, fica fácil compreender o tamanho do "desafio" e das transformações, que foram "necessárias" para enquadrar a capoeira na lógica escolar, pois a capoeiragem historicamente foi também símbolo de contestação da lógica vigente e sua fundamentação filosófica, centra-se em uma simbologia que extrapola o conceito de educação escolar, ratificando o verdadeiro conceito de educação, que não estabelecem fronteiras, nem limites para as relações de ensino-aprendizagem.
    Segundo DANGEVILLE (1978): Quando a escola é a aldeia, a educação existe onde não há escola e por toda parte pode haver redes e estruturas sociais, de transferência de saber de uma geração a outra, onde ainda não foi sequer criada a sombra de um modelo de ensino formal e centralizado. Porque a educação aprende com o homem a continuar o trabalho da vida. Á vida que transporta de uma espécie para outra, dentro de historia da natureza, e de uma geração a outra de viventes, dentro da história da espécie, os princípios através dos quais a própria vida aprende a ensinar a sobreviver e a evoluir em cada tipo de ser.
    Deste conceito mais amplo de educação surgem às bases filosóficas dos ensinamentos da simbologia da capoeiragem. Assim fica fácil compreender o tamanho do abismo entre a matriz norteadora da capoeira e a forma na qual ela se apresenta hoje nas escolas.
    Portanto, a capoeira ganha uma nova roupagem que abre a possibilidade de institucionalização da mesma, pois pela primeira vez a sociedade reconhecia e decodificava os símbolos que fundamentavam a prática de ensino da capoeira, por meio de um método sistematizado e escrito que poderia facilmente ser implantado em diversas instituições, fato este que aliado a uma conjuntura política que estimulava ideais nacionalistas pela forte influência do "Estado Novo" de Vargas na defesa de um modelo de ginástica que pudesse ser genuinamente brasileiro, impulsionaram um grande crescimento e divulgação da capoeira. Um outro fator que contribuiu muito para a expansão da capoeira institucionalizada foi à condição desta alternativa apresentar-se como uma possível tentativa de cooptação e controle de uma arte que insurgisse de forma subversiva em alguns pontos do território nacional, a exemplo das maltas do Rio de Janeiro e de outros pequenos movimentos de contestação da estrutura social vigente, que tinham na capoeira um braço de luta, ou seja, é importante lembrar que esta aceitação teve um preço alto, pois, a necessidade de atender os anseios de uma classe social dominante, enquadrou e remodelou a capoeira em um perfil alienador, que em última instância desarticulava sua simbologia metodológica revolucionária e a colocava a serviço do sistema.
    A partir desta transformação, a capoeira gradativamente vai inserindo-se no contexto escolar, podendo-se atribuir ao Mestre Bimba um papel importante neste processo, pois através de seu contato com estudantes universitários de Salvador, que o convidaram para ensinar na pensão onde residiam, o mestre pode ter acesso a uma camada social e a códigos e símbolos do conhecimento científico que possibilitaram a criação e sistematização deste novo modelo de ensino da capoeira. A partir daí a capoeira inicia seu processo de institucionalização. O novo modelo de capoeira criado por Bimba e seus discípulos passa a ser reconhecido paulatinamente pela sociedade civil, sendo inclusive o Mestre Bimba agraciado com o título de Instrutor de Educação Física, mediante diploma oficial assinado por Dr. Gustavo Capanema, o então Ministro de Educação, no ano de 1957 pelo enquadramento do ensino da capoeira na legislação vigente. Apesar dos avanços proporcionados por Bimba, o mesmo só teve acesso a uma única instituição, que foi o CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva), na qual ministrou aulas de capoeira para os aspirantes da reserva. Este fato denota que a capoeira institucionalizada inicia-se com M. Bimba, mas só vem se firmar com o passar dos anos, através de outras iniciativas promovidas por seus alunos.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Malhação em excesso pode causar incontinência urinária; entenda


Realizar atividades físicas é recomendável a todos, por conta dos incontestáveis benefícios que traz à saúde. O sinal de alerta, porém, é aceso quando o excesso de malhação acaba causando problemas. Para a as mulheres, os exercícios realizados com peso e em séries com muitas repetições podem ocasionar incontinência urinária em qualquer idade. Isso ocorre porque o sexo feminino possui o que é chamado de "limiar de continência", diretamente ligado à quantidade e ao tempo que os músculos do períneo suportam esforços repetitivos.

"O impacto repetitivo é transmitido ao assoalho pélvico e pode comprometer os ligamentos e a musculatura, causando fadiga destes músculos e dos que envolve a uretra. Isso prejudica a contração muscular e, conseqüentemente, a estabilidade e o fechamento da mesma. O resultado pode ser a perda urinária", afirmou a ginecologista Ivani Kehdi, do Hospital e Maternidade São Luiz. Segundo dados do International Continency Society (ICS), 20% das mulheres no mundo sofrem de incontinência urinária e, depois da menopausa, esse número sobe para cerca de 40%.
Para evitar a situação, a médica aconselha a buscar assistência de fisioterapeuta especializado em assoalho pélvico para fazer exercícios pelviperineais. "A maioria das atividades físicas não envolve contração voluntária dos músculos dessa região durante a execução, aumentando a pressão intra-abdominal e conduzindo a um possível quadro de incontinência", disse, ao acrescentar: "as academias e os orientadores físicos precisam incentivar esse tipo de exercícios."
Síndrome da mulher atleta
A médica explica que é difícil quantificar qual o nível de excesso de exercícios para se chegar ao problema. "Há muitas variantes, como genética, tipo de exercício, nutrição, acompanhamento de profissional adequado". Nas mulheres atletas, há ainda mais propensão para o desenvolvimento do problema, por outros motivos.

"Como conseqüência de treinamentos exagerados, tanto na viciada em academia, quanto na atleta de elite, pode ocorrer o que chamamos de síndrome da mulher atleta", afirmou à especialista. Amenorréia (falta de menstruação), anorexia e outros distúrbios alimentares e diminuição da massa óssea precoce são os principais distúrbios apresentados. E podem surgir também em garotas que malham muito e fazem restrição dietética para alcançar o "corpo ideal".
A falta de menstruação provocada por esses hábitos é sinal de que os hormônios femininos encontram-se baixos. "Com isso, os tecidos da região genital ficam mais frágeis e susceptíveis a traumas de repetição (impacto, musculação com carga exagerada), daí à ocorrência de incontinência urinária."
Conseqüências sociais
A ginecologista afirmou ainda que um dos maiores problemas seja o isolamento motivado pela perda da urina. "Evita-se contatos sociais, viagens, festas, pelo medo da incontinência e, sobretudo, do odor que a mesma traz consigo. Muitas vezes, a situação não é compartilhada com a própria família por constrangimento." Tal isolamento vem associado ao desconforto causado pela irritação da pele (dermatite amoniacal), odor, uso constante de absorventes, fraldas, trocas constantes de roupa. "Esse fatores acabam por levar à degradação da qualidade de vida dessas mulheres."

Demais motivos
Genética - a incontinência urinária é mais freqüente em brancos, pela menor quantidade de colágeno existente em seus tecidos, quando comparada aos negros.

Idade - As mulheres têm aumento da prevalência da incontinência urinária na pós-menopausa, com a diminuição dos hormônios registra-se uma queda resistência tecidual e maior flacidez da musculatura.
Doenças - Obesidade, doença pulmonar crônica (tosse crônica), diabetes, problemas neurológicos, psiquiátricos.
Partos - Os vaginais traumáticos podem causar o problema.



quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

SAIBA MAIS SOBRE OS PERIGOS DO CIGARRO


FUMO E DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

Fumar aumenta a queda da capacidade respiratória com a idade e aumenta o risco de problemas respiratórios como:
tosse, chiado e falta de ar
bronquite crônica e enfisema
causa 90% da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e aumenta seu risco em 10 vezes
laringite (rouquidão)
infecções nas vias respiratórias
crise de asma
FUMO E DOENÇAS CARDIOVASCULARES:

Fumar aumenta o risco de doenças coronárias como angina no peito e infarto do miocárdio.
triplica o risco de morte por infarto em homens com menos de 55 anos e;
aumenta em 10 vezes o risco de tromboembolia venosa e infarto em mulheres que tomam anticoncepcionais orais
aumenta o risco de insuficiência vascular periférica causando má circulação nas pernas e impotência sexual.
FUMO E CANCER
O cigarro contém mais de 40 substâncias cancerígenas, que aumentam o risco de câncer na :
boca, laringe e traquéia
pulmões – risco 12 a 20 vezes maior
esôfago, estômago
rins, bexiga, colo do útero, etc...
FUMO E DOENÇAS NEUROVASCULARES
O fumo triplica o risco de derrame cerebral.
FUMO E A PELE
Fumar eleva o risco de rugas prematuras e de celulite, além de interferir na cicatrização de feridas cirúrgicas.
FUMO E GRAVIDEZ
A gestante fumante, tem maior chance de abortar, de ter filho prematuro, de baixo peso e de morte do filho no período perinatal.

DEPENDÊNCIA

A nicotina causa dependência por meio de processos biopsicossociais parecidos com os da cocaína, álcool e heroína.
O Fumante de 20 cigarros/dia, que traga 10 vezes/cigarro, recebe mais de 70.000 impactos cerebrais de nicotina/ano.
O dependente de nicotina, aprende e acredita que o cigarro:
preenche “vazios internos”
é “companheiro”
ajuda a lidar com o estresse
ajuda a lidar com sentimentos positivos ou negativos
facilita as interações sociais
leva á sensação de segurança.
Entretanto, esses falsos benefícios do tabagismo deve-se ao fato de que o viciado desenvolve tolerância á nicotina e piora o funcionamento do cérebro na sua ausência.
BENEFÍCIOS AO PARAR DE FUMAR
Melhora da capacidade física
Melhora do paladar
Melhora do olfato
Redução do risco de câncer
Redução do risco de doenças cardiovasculares e respiratórias
Aumento da expectativa de vida
Término do hálito do tabaco
Redução de gastos com saúde
Economia por não comprar cigarros
UM GRANDE EXEMPLO para amigos, familiares, em especial, filhos e netos.
VEJA O QUE ACONTECE AO PARAR DE FUMAR:
Em 20 minutos: a pressão arterial e os batimentos cardíacos voltam ao normal
Em 8 horas: os níveis de monóxido de carbono voltam ao normal
Em 1 dia : redução de risco de ataque cardíaco
Em 3 dias: relaxamento dos brônquios e aumento da capacidade respiratória
Em 2 a 12 semanas: melhora na circulação sangüínea.
Em 1 a 9 meses: redução da tosse e infecções das vias aéreas, melhora da respiração, limpeza dos pulmões e melhora na capacidade física.
Em 1 ano: redução do risco de doença coronariana em 50%.
Em 10 a 15 anos: o risco de morte por doença coronariana se iguala ao de uma pessoa que nunca fumou.
Em 15 a 20 anos: o risco de câncer se aproxima do risco de uma pessoa que nunca fumou.